Segunda-feira, 29 de Junho de 2009

Todos somos capazes de debater ideias, argumentos, sustentar uma polémica, comunicar pontos de vista, participar numa conversa ou discussão saudável mas, quantos de nós somos capazes de dizer Não?

É difícil, não é nada fácil dizer Não, seja pelo medo de conflitos, pelo medo de sermos menos amados, por receio do tal braço de ferro, por comodismo, ou cansaço, é muito mais fácil dizer sim.

Mas pensando bem, alguém que não seja capaz de dizer "Não" seja aos outros ou a si mesmo é alguém perfeitamente aterrador essencialmrente para si próprio. É alguém que não tem limites. E terer limites, é essencial para viver, para perceber questões fundamentais como o respeito, a verdade e mais ainda, a substância de que é feito o amor por "nós" e pelos "outros".

Por mais difícil ou conflituoso que seja, é preciso entender que só sabendo dizer "Não" é possível com toda a verdade dizer "Sim".

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 08:12

Quinta-feira, 18 de Junho de 2009

- Prometo ser-te fiel amar-te....quem não se lembra disto ou não ouviu já isto??

Fidelidade...coisa fora de moda , careta, ultrapassada!

Desde que deixou de nos ser imposta, tudo hoje em dia nos convida à infidelidade, a internet, os encontros facilitados, o viagra, o individualismo, a aceleração do tempo, a mobilidade geográfica, enfim tudo apela ao desejo e à satisfação pessoal. Num mundo onde é tão fácil ser infiel, a fidelidade é e será sempre uma escolha pessoal.

Permanecer fiel a si mesmo e aos outros por vezes é extraordináriamente difícil. Assumir compromissos, criar laços e viver com prioridades nem sempre apetece mas é a única forma de se ser verdadeiro e coerente numa relação seja de amizade de amor ou outras. A fidelidade é essencial para a construção da nossa identidade. No contexto actual, sendo tão fácil ser infiel, ser fiel, acaba por nos proteger de nós mesmos e dos nossos excessos. É sempre bom não esquecer que qualquer forma de traição ao outro começa sempre por ser uma traição a nós próprios.

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 00:35

Segunda-feira, 15 de Junho de 2009

Sem risco não há crescimento, uma vez que tudo o que não cresce, decresce. Viver só pelo lado seguro pode ser extraordinariamente seguro mas não deixa de ser só meia coisa. A coragem para correr riscos vive em cada um de nós e pode ser cultivada. Tememos sempre o sofrimento, evitamos por conseguinte os problemas ms, na verdade o mal não está nos problemas mas em vivê-los mal.

Amar alguém faz-nos sentir vulneráveis mas, aceitar viver o amor implica também aceitar as variações as vicissitudes desse amor. Todos temos desejos contraditórios e todos queremos muitas coisas ao mesmo tempo. A tentação de querer descartar toda e qualquer possibilidade de sofrimento é grande mas é o mesmo que desistir à partida, onde tudo fica à porta, o melhor e o pior. Sendo assim, a condição essencial para avançarmos na vida é saber exactamente o que queremos e correr riscos. Se não soubermos muito bem o que queremos, até porque nem sempre tudo é muito evidente podemos sempre tentar perceber o que de facto não queremos!

Vale a pena sempre, reflectir sobre os nossos medos mais íntimos e profundos.

Sabendo o que não queremos, sabendo aquilo que não nos serve, acabamos também por descobrir qual o preço que estamos dispostos a pagar por aquilo que queremos. Atrevendo-nos pois a dar um passo em frente, ganhamos em liberdade interior em confiança e em realização pessoal. Pode até ser um passo mais do que errado mas, não importa tropeçar ou até cair. Paradoxalmente é na adversidade que melhor nos conhecemos a nós próprios e aos outros. Aceitar correr riscos passa sempre por errar ou falhar ou então por ganhar tudo.

Vale a pena não viver só meia coisa até porque, erro logo existo!

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 09:50

Sexta-feira, 12 de Junho de 2009

O tempo voa, a vida corre, os dias são vertiginosos e são mais as coisas que ficam por fazer do as que na realidade fazemos. No meio do turbilhão que é o dia a dia fica-nos pouco tempo para uma avaliação coerente e consistente do que é a nossa vida.

Eu tenho necessidade de parar e ouvir o silêncio, dentro e fora de mim para me poder centrar no essencial. Nada é inteiramente mau ou completamente bem, tudo depende do uso que desses pequenos nadas fazemos. Viver o presente, centrados no presente é por ventura das coisas mais difíceisque nos é dado fazer. Acontece-nos a todos ser frequentemente traídos por memórias do passado ou pela antecipação de um futuro. O tempo e a vida muitas vezes vão-nos tirando a capacidade de viver por nós, de amar e ser amados na medida em que nos vamos ocupando do que a vida nos trás. Interesses, medos, equívocos, situações menos claras, critérios, prioridades, preguiças e muitas dessas vezes, as prioridades do coração não acompanham as da cabeça. A nossa parte racional conduz-se pela lógica e sobrepõe-se à espiritual, à sensitiva, à mais profunda e também tantas vezes mais frágil.

Por vezes não há espaço para amar porque esse espaço esta ocupado com outras milhentas coisas. Só que a vida não espera por ninguém, ela passa vertiginosa e num piscar de olhos já é amanhã. Mas é aquilo que somos hoje, no aqui e agora que vai determinar o que seremos amanhã e depois e depois...

 

« Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência...»

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 01:49

Terça-feira, 09 de Junho de 2009

Se ter dúvidas não é extraordinário é verdade também que ter certezas a mais e resposta para tudo as vezes irrita!

Não tenho já paciência para o discurso omnisciente do conhecimento pleno que observo em algumas pessoas. Mas é sempre de bom tom, é muito mais bem visto adaptar-se a postura de quem sabe tudo e que a sua verdade é maior que as dos outros.

Também não tenho paciência nenhuma para aquele tipo de pessoas para quem a dúvida metódica e sistemática é uma forma de vida.

É certo que não se é seguro de si ou indeciso só por deliberação própria, há o temperamento, uma história de vida, ligações a pessoas ou acontecimentos que facilitam e estimulam a demissão no acto de decidir ou a contra atitude como forma habitual de resposta e o egocentrismo de alguns que não os deixa enxergar senão o próprio umbigo.

Há quem afirme que a paciência é uma virtude, logo a falta de paciência que eu tenho será um defeito. Mas  no mundo de hoje em que há acesso à informação, ao conhecimento, em que cada vez mais se põem em causa o que está instituído e aqui (pôr em causa) é no sentido de não aceitar como dogma uma qualquer coisa que nos é oferecida como verdade absoluta! neste contexto, a paciência não se enraíza como valor maior. Mais do que um exercício de estilo, um traço de personalidade a cultivar, mais do que uma característica simpática a paciência para mim é a antecâmara vazia de um desejo que se orienta para um qualquer sentido.

Aliás não sei mesmo para que raio serve a paciência!

Eu não a tenho, muito menos com criaturas convencidas e com o rei na barriga, com certos fanatismos religiosos e com tanta gente bajuladora que por aí grassa.

Pode parecer pedantismo ou arrogância mas não, é antes o pleno conhecimento de que ainda sei muito pouco!

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 12:23

Domingo, 07 de Junho de 2009

Quando se pensa em amor pensa-se em coisas boas.

Coração aos pulos, emoções, suores frios, calores súbitos, luas enormes, mãos dadas, pôr do Sol, chocolate, flores, música...

Pensa-se em gestos simples, carícias breves no cabelo, beijos molhados, olhares cúmplices, abraços apertados, corpos em tensão, telefonemas, fins de semana compridos, refeições alucinantes, risos , gargalhadas, silêncios idiotas...

Quando se pensa em amor, pensa-se invariavelmente em alguém que nos abrace, nos mime, alguém que transforme a nossa vida numa festa, alguém que nos leve os fantasmas e que nos faça sentir a rainha do Sabá.

Quando se pensa em amor, nunca nos lembramos da espera, dos desencontros, do ciúme, das respectivas famílias, do núcleo de amigos, dos gostos, dos hobbies, das opiniões divergentes, dos problemas comezinhos do dia a dia.

Nunca equacionamos que na prática, o amor é bom, ás vezes é mau, outras assim assim e outras, escapa ainda a todas estas considerações simplistas.

Mesmo sabendo que os amores felizes são raros ninguém desiste da sorte.

Só que o amor não será nunca, só uma questão de sorte!

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 03:00
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Terça-feira, 02 de Junho de 2009

O mundo pode ser uma escola, um circo, um terreno de aventuras ou uma pista de dança, isto na melhor das hipóteses claro.

No resto do tempo é um sistema social que nos entorpece a mente, nos rouba a identidade e nos transforma em meros clientes ou engrenagens.

Vivemos num mundo que nos obriga a uma estranha mistura de identidades a um desdobramento de muitos eus. O eu profissional, familiar, social, solidário, egoísta, o eu essencialmente mulher, mãe companheira eu sei lá que mais.

Para gerir isto tudo é preciso umas vezes ceder outras impor, umas vezes ficar outras fugir.

Neste aspecto complexo da existência vamos aprendendo e ganhando cada vez mais recursos para lidar com conflitos que serão sempre razoavelmente estáveis e permanentes.

É por isso que é tão bem chegar a casa,, despir todos esses eus, tomar um banho relaxante, e daqui do alto da minha cobertura instalar-me, despedir-me do dia que fenece e espraiar a mente e a vista.

Vai uma bebida gelada?

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 21:19


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