O tempo voa, a vida corre, os dias são vertiginosos e são mais as coisas que ficam por fazer do as que na realidade fazemos. No meio do turbilhão que é o dia a dia fica-nos pouco tempo para uma avaliação coerente e consistente do que é a nossa vida.
Eu tenho necessidade de parar e ouvir o silêncio, dentro e fora de mim para me poder centrar no essencial. Nada é inteiramente mau ou completamente bem, tudo depende do uso que desses pequenos nadas fazemos. Viver o presente, centrados no presente é por ventura das coisas mais difíceisque nos é dado fazer. Acontece-nos a todos ser frequentemente traídos por memórias do passado ou pela antecipação de um futuro. O tempo e a vida muitas vezes vão-nos tirando a capacidade de viver por nós, de amar e ser amados na medida em que nos vamos ocupando do que a vida nos trás. Interesses, medos, equívocos, situações menos claras, critérios, prioridades, preguiças e muitas dessas vezes, as prioridades do coração não acompanham as da cabeça. A nossa parte racional conduz-se pela lógica e sobrepõe-se à espiritual, à sensitiva, à mais profunda e também tantas vezes mais frágil.
Por vezes não há espaço para amar porque esse espaço esta ocupado com outras milhentas coisas. Só que a vida não espera por ninguém, ela passa vertiginosa e num piscar de olhos já é amanhã. Mas é aquilo que somos hoje, no aqui e agora que vai determinar o que seremos amanhã e depois e depois...
« Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência...»