Terça-feira, 22 de Setembro de 2009

O Amor ou é ou não é.

Ou se sente ou não.

Se se sente, existe logo é possível, se não se sente não é, não existe portanto o impossível fica de fora.

Associa-se amor impossível a um amor não correspondido ou  amor a alguém que não se pode ter.

Amor correspondido implica pois condição, se tal condição não se der, deixa por isso de ser amor?

Quem diz que amor só se pode conjugar no plural, se for no singular quem poderá afirmar que é impossível?

Eu amo, logo quero, por associação tenho possuo!

Ninguém é dono de ninguém nem mesmo no amor.

Será pois impossível amar alguém que não se pode ter?

Se existe alguém que é a razão do meu sorriso,  impossível é eu deixar de sorrir.

Amor é mais do que condição ou posse.

Amar é dar e, só se pode dar o que se tem.

No amor não existe o se, ou se sente ou não se sente.

O amor ou é, ou não é, logo o impossível fica de fora. 

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 10:42

Sexta-feira, 28 de Agosto de 2009

Ter relações está na moda.

Toda a gente tem e acaba relações e na maior parte das vezes o que sobra mesmo são ralações.

Todas as mulheres sonham com o " tal " só que nos nossos dias, aquela história do felizes para sempre mudou para " nem contigo nem sem ti ".

Andamos uma eternidade na escola, tiramos cursos para tudo mas em relação aos afectos sabemos sempre de menos ou nem sequer sabemos o que sabemos. Vai dai, investimos em relações e claro ralações....

Entramos numa relação com a firme certeza que encontramos a nossa alma gémea, damos tudo por tudo, ele faz-nos crer que somos a mulher da vida dele, a única até descobrir-mos que o dito cujo, tem sete vidas como os gatos e uma mulher única para cada uma delas.

Na próxima relação, já estamos mais precavidas e não vamos tão facilmente em conversas.

A relação até corre lindamente, já existem planos para o futuro, ai ele descobre que você não tem pais ricos nem lhe saiu a lotaria. Mais uma ralação, você jura que não cai noutra até que lhe aparece um homem lindo de morrer. Todo fashion, elegante, delicado, você pensa que é uma sortuda até perceber que ele faz mais mascaras faciais numa semana que você num ano e consegue ter sempre a depilação mais em dia.

Você diz Não! a próxima relação tem de ser com um homem com H grande, é então que lhe aparece aquele brutamontes, cheio de músculos, bronzeado, t-shirt de alças que é sexy mesmo a beber Coca-Cola .

 Mais uma vez  investe na relação, começa a partilhar dos mesmos interesses, sente-se cheia de adrenalina até que descobre que ele fugiu com a sua professora de meditação.

Mais uma ralação!

Você fecha-se, sofre, jura que homens nunca mais, são todos iguais e que mais nenhum a faz de parva.

As suas relações a partir dai serão só de amizade. Começa a sair com os seus amigos, com os amigos dos seus amigos e ai lá vem de novo o clik , aquele amigo do seu amigo parece um tipo porreiro, um homenzão , educado, sensível, nada mulherengo e você mais uma vez investe. Passa a arranjar-se, vai ao ginásio porque ele malha lá, começa a ouvir música clássica porque é o que ele ouve, torna-se vegetariana para poder almoçar com ele e passa a ler biografias para ter tema de conversa, esmera-se porque no amor vale tudo e depois de tanto esforço você descobre que ele é gay.

Claro ai é de  ficar de rastos, sente-se uma autêntica Bridget Jones . Passa a viver com o cão ou o gato, os seus passeios são só até ao frigorifico, passa os serões a ver televisão e a entupir-se de chocolates.

Pare!   deixe-se de relações e ralações, você está a fazer tudo mal!

Se o que  quer  é amor e não uma muleta para atravessar a vida, então ame-se, valorize-se, cuide-se para agradar a si mesma, aprenda a gostar de si, respeite-se e aí sim estará pronta até para uma ralação.

Todos temos  direito à felicidade  mas o nosso primeiro dever é para connosco mesmo.

 

Em relação aquele tal "amor" que tem movimento cor e cheiro que o tornam único,, espere e não se rale.

É mais fácil esperar que desistir, mais fácil desejar que esquecer,  mais fácil sonhar do que perder e para quem vive a sonhar é muito mais fácil viver.

Ame-se, mime-se e não se rale......

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 19:20

Segunda-feira, 29 de Junho de 2009

Todos somos capazes de debater ideias, argumentos, sustentar uma polémica, comunicar pontos de vista, participar numa conversa ou discussão saudável mas, quantos de nós somos capazes de dizer Não?

É difícil, não é nada fácil dizer Não, seja pelo medo de conflitos, pelo medo de sermos menos amados, por receio do tal braço de ferro, por comodismo, ou cansaço, é muito mais fácil dizer sim.

Mas pensando bem, alguém que não seja capaz de dizer "Não" seja aos outros ou a si mesmo é alguém perfeitamente aterrador essencialmrente para si próprio. É alguém que não tem limites. E terer limites, é essencial para viver, para perceber questões fundamentais como o respeito, a verdade e mais ainda, a substância de que é feito o amor por "nós" e pelos "outros".

Por mais difícil ou conflituoso que seja, é preciso entender que só sabendo dizer "Não" é possível com toda a verdade dizer "Sim".

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 08:12

Sexta-feira, 12 de Junho de 2009

O tempo voa, a vida corre, os dias são vertiginosos e são mais as coisas que ficam por fazer do as que na realidade fazemos. No meio do turbilhão que é o dia a dia fica-nos pouco tempo para uma avaliação coerente e consistente do que é a nossa vida.

Eu tenho necessidade de parar e ouvir o silêncio, dentro e fora de mim para me poder centrar no essencial. Nada é inteiramente mau ou completamente bem, tudo depende do uso que desses pequenos nadas fazemos. Viver o presente, centrados no presente é por ventura das coisas mais difíceisque nos é dado fazer. Acontece-nos a todos ser frequentemente traídos por memórias do passado ou pela antecipação de um futuro. O tempo e a vida muitas vezes vão-nos tirando a capacidade de viver por nós, de amar e ser amados na medida em que nos vamos ocupando do que a vida nos trás. Interesses, medos, equívocos, situações menos claras, critérios, prioridades, preguiças e muitas dessas vezes, as prioridades do coração não acompanham as da cabeça. A nossa parte racional conduz-se pela lógica e sobrepõe-se à espiritual, à sensitiva, à mais profunda e também tantas vezes mais frágil.

Por vezes não há espaço para amar porque esse espaço esta ocupado com outras milhentas coisas. Só que a vida não espera por ninguém, ela passa vertiginosa e num piscar de olhos já é amanhã. Mas é aquilo que somos hoje, no aqui e agora que vai determinar o que seremos amanhã e depois e depois...

 

« Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência...»

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 01:49

Domingo, 07 de Junho de 2009

Quando se pensa em amor pensa-se em coisas boas.

Coração aos pulos, emoções, suores frios, calores súbitos, luas enormes, mãos dadas, pôr do Sol, chocolate, flores, música...

Pensa-se em gestos simples, carícias breves no cabelo, beijos molhados, olhares cúmplices, abraços apertados, corpos em tensão, telefonemas, fins de semana compridos, refeições alucinantes, risos , gargalhadas, silêncios idiotas...

Quando se pensa em amor, pensa-se invariavelmente em alguém que nos abrace, nos mime, alguém que transforme a nossa vida numa festa, alguém que nos leve os fantasmas e que nos faça sentir a rainha do Sabá.

Quando se pensa em amor, nunca nos lembramos da espera, dos desencontros, do ciúme, das respectivas famílias, do núcleo de amigos, dos gostos, dos hobbies, das opiniões divergentes, dos problemas comezinhos do dia a dia.

Nunca equacionamos que na prática, o amor é bom, ás vezes é mau, outras assim assim e outras, escapa ainda a todas estas considerações simplistas.

Mesmo sabendo que os amores felizes são raros ninguém desiste da sorte.

Só que o amor não será nunca, só uma questão de sorte!

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 03:00
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Segunda-feira, 25 de Maio de 2009

Fala-se cada vez mais em divórcios.

É certo que as estatisticas crescem assustadoramente mas é certo também, que mesmo nos casos em que o fim trás alivío e comporta a ideia de liberdade, fica sempre um gostinho meio amargo. Aquela sensação de perda, seja da perda de tempo, das pessoas ou bens, de um modo de vida, e até um certo desconforto de falhanço pessoal.

Isto é claro na melhor da hipóteses.

O que contudo é curioso no meio de por vezes tanto lavar de roupa suja, é que se as pessoas se separam, um dia uniram-se, casaram ou juntaram-se. As separações são sem dúvida complexas, mas as uniões não o são menos!

Num tempo em que se defende por princípio o direito de toda a gente à felicidade e ao bem estar, parece ser uma expectativa legitima que todos possam encontrar alguém que amem e por quem possam ser amados. Verifica-se no entanto que não é bem assim. A felicidade trazida de bandeja pelo princípe ou princesa encantada é improvável.

É verdade que há quem se una pelos laços do afecto mas, nem a todos se pode chamar amor. Umas vezes são atracções fatais, paixões despoletadas, outras são sentimentos de conforto e protecção que acalmam mas não emocionam, e por vezes até afinidades avulsas, intlectuais ou estéticas, proximidade geográfica ou física, pressões de familia de amigos. Isto, quando  se desiste do mito romântico "fico com quem posso" e não "com quem quero", simplesmente para não se ficar sózinho. Há inclusive, quem fique com outra pessoa só para provar a si mesmo e aos outros que se é normal, igual a toda a gente. Ora assim sendo, juntam-se as pessoas como podem e sabem e é pois compreensível, que haja uniões que não passem nunca de reuniões, outras que descambam em desuniões e outras ainda, transformam-se em relações, instáveis, insatisfatórias e frustantes. Nesta perspectiva não vale a pena  procurar as razões da separação, quando não se sabe ou se percebe muito bem, o que está por detrás da união.

Isto das relações, efectivamente mudou mas não melhorou. Entre outras coisas.

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 22:27

Quinta-feira, 21 de Maio de 2009

Hoje apetece-me falar de Amor, porquê? porque sim!

Sim, daquele amor que se completa no envolvimento físico, daquela utopia, quem sabe o santo graal.

Às vezes tenho saudades de acreditar!

Mas é isso que traz a maturidade, conhecimento, não é um finalizar de sonhos não, nem simples cepticismo, é clareza porque, aquela ideia de amor perfeito ou perfeito amor único e só nosso, desaparece com o passar dos anos, com a experiência de vida.

Não nos torna melhores ou piores nem mais ou menos infelizes,  torna-nos só mais lúcidos!

É podes rir Saia Justa, mas hoje apetece-me falar de amor!

Apetece-me recordar  aquele tempo em que ouvir " amo-te" era uma verdade sem questionamento,  recordar aquelas certezas todas acerca do darmo-nos de corpo e alma, da entrega, daquele amor sublime e ingénuo, que fazia sublimar os sentidos.

Não acredito em idades para....

Mas aqueles tempos lá, aquela magia, aquele sentir já não voltam. Por vezes dá-me uma certa nostalgia, uma saudade de toda aquela pureza da doçura, do carinho e da paixão que as palavras de amor então representavam. Saudades daquele bater de coração, daquele enlevo da alma, dos sonhos, enfim não propriamente do amor, mas antes da ideia que fazíamos do amor

O amor maduro é mais real, mais credível, menos utópico. É um amor que  realiza que se alimenta e se sustenta da vida real e no dia a dia, mas não tem aquela magia do imaginado!

Hoje gostava de poder dizer "amo-te" com toda aquela candura de outrora. Apetecia-me acreditar como naquela altura....

E antes que perguntes, Não, não fiquei fechada no elevador!

Hoje deu-me para isto vá-se lá saber.

Será sintomas de gripe A...

publicado por tailleur-e-saltosaltos às 11:28


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